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Honras vãs
Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens- Jesus (Marcos, 7:7)
A atualidade do Cristianismo oferece-nos lições profundas, relativamente à declaração acima mencionada.
Ninguém duvida do sopro cristão que anima a civilização do Ocidente. Cumpre notar, contudo, que a essência cristã, em seus institutos, não passou de sopro, sem renovações substanciais, porque, logo após o ministério divino do Mestre, vieram os homens e lavraram ordenações e decretos na presunção de honrar o Cristo, semeando, em verdade, separatismo e destruição.
Os últimos séculos estão cheios de figuras notáveis de reis, de religiosos e políticos que se afirmaram defensores do Cristianismo e apóstolos de suas luzes.
Todos eles escreveram ou ensinaram em nome de Jesus.
Os príncipes expediram mandamentos famosos, os clérigos publicaram bulas e compêndios, os administradores organizaram leis célebres. No entanto, em vão procuraram honrar o Salvador, ensinando doutrinas que são caprichos humanos, porquanto o mundo de agora ainda é campo de batalha das ideias, qual no tempo em que o Cristo veio pessoalmente a nós, apenas com a diferença de que o Farisaísmo, o Templo, o Sinédrio, o Pretório e a Corte de César possuem hoje outros nomes. Importa reconhecer, desse modo, que, sobre o esforço de tantos anos, é necessário renovar a compreensão geral e servir ao Senhor, não segundo os homens, mas de acordo com os seus próprios ensinamentos.
(Emmanuel, capítulo 37 do livro “Caminho, Verdade e Vida”, psicografado por Francisco Cândido Xavier).
Reflexão
Para entender o versículo de Marcos, é importante contextualizar as palavras proferidas por Jesus. O mestre estava reunido com seus apóstolos, após ter realizado curas e pregado o seu evangelho de amor. Naturalmente estavam fatigados e famintos. Comiam nesse momento pão. Muitos fariseus e escribas que viviam confrontando Jesus, questionaram tal ato, pois aqueles simples homens comiam com as mãos impuras. Era costume dos fariseus lavarem muito bem as mãos antes das refeições: “Por que não andam os teus discípulos de conformidade com a tradição dos anciãos?” Os fariseus seguiam rigorosamente as tradições de lavarem as mãos antes das refeições e/ou aspergiram o corpo quando regressavam das praças ou dos mercados. Jesus, então, repetiu as palavras de Isaías, o profeta bíblico que viveu 700 anos antes de Cristo: “Bem profetizou Isaías, a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas seu coração está longe de mim. E a seguir continuou: Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens- Jesus (Marcos, 7: 6-7). Podemos perceber que os Fariseus negligenciavam os ensinamentos de Deus. Eles tornaram suas tradições mais importantes que a Lei de Deus. A vida de Jesus Cristo e seu comportamento popular irritava profundamente os judeus, principalmente, porque a multidão acreditava que ELE era filho de Deus. Porém o que Jesus queria ensinar é que do interior do homem, do seu coração é que saem maus pensamentos e não importa o que comem e como comem. Os maus pensamentos/sentimentos é que devem ser combatidos, pois eles nos prejudicam e nos contaminam! São eles; o adultério, a prostituição, o homicídio, a avareza, o furto, a maldade, o engano, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura, enfim, todos os problemas que procedem de nossas imperfeições contaminam /prejudicam a nossa evolução.
Todos nós, espíritas, devemos nos preocupar com a pureza doutrinária, segundo Emmanuel, pregando e divulgando os ensinamentos cristãos à luz da imortalidade da alma, das leis de causa e efeito, da responsabilidade que temos com o auxílio ao próximo, mas sem nos esquecer de vivenciar dentro de nós mesmos todos os princípios da caridade, da tolerância, do respeito, da afabilidade. Afinal, somos todos aprendizes do bem e devemos cooperar rotineiramente em casa uns com os outros, repartindo as tarefas e respeitando as pessoas, isso nos distinguirá como irmãos em Cristo e filhos de Deus.